Primeiro Depoimento
Entrevistada: Valmira de Oliveira, 53 anos.
Entrevistador: Gabriel Cerqueira
Valmira informou que tinha um tempo que a sua casa estava em construção e a instalação elétrica não estava totalmente completa. Certa feita, ao ir até o banheiro, após ter acabado de lavar roupas, foi ligar a luz enroscando a lâmpada no bocal. Sem a instalação adequada como orientado pela Coelba (faltava o interruptor), ao tocar em um dos fios que haviam ali, tomou um tremendo choque que a deixou totalmente paralisada. Imediatamente a luz do banheiro ficou repetidamente piscando, quando um dos irmãos dela viu o acontecimento foi até o local para tentar retirá-la de perigo. Como irmão dela estava calçado, pegou uma vassoura feita de madeira, sem nenhum metal, retirando-a do contato com o fio fazendo com que ela caísse no chão.
– Após o choque a senhora ficou traumatizada ou algo do tipo?
R- Sim, fiquei com um trauma de chegar perto de um fio e de interruptores
– O que aconteceu quando a senhora recebeu a carga de energia elétrica?
R- Fiquei paralisada por um dia, deitada por conta disso
– A senhora já recebeu carga parecida antes desse choque?
R- Não, a única vez que ocorreu foi essa e com certeza não quero passar por isso novamente
– Quando a Senhora tocou no fio estava com os devidos equipamentos de proteção?
R-Não
– O seu irmão quando foi te ajudar estava devidamente equipado?
R- Sim ele correu para calçar os pés e utilizou uma vassoura de madeira para afastar o fio de mim.
– Isso ocorreu em qual local da sua casa?
R- Ocorreu no banheiro
– Senhora recebeu algum tratamento médico?
R- Sim, fui ao psicólogo e tive acompanhamento com várias visitas para me livrar desse trauma.
-E no momento por que você não gritou por socorro?
R- Por que com o choque minha voz não conseguia sair e também estava sem reação. Minha mente tentava mais meu corpo não reagia
– E agora senhora teria coragem de mexer em algum fio sem o devido cuidado?
R- Não, obviamente procuraria ajuda ou utilizaria equipamento adequado pra tal ação.
Segundo Depoimento
Entrevistada: Ana Maria Silva de Lima, 36 anos
Entrevistadora: Deisinara Lima
-Boa noite, sr. Ana Maria.
R-Boa.
-A senhora já vivenciou alguma situação de risco com energia?
R- Sim, quando a minha filha mais nova, Thaynara, tinha 3 anos e estava brincando na varanda da minha casa, quando ela achou um prego e colocou na tomada. Na hora eu estava na cozinha, ela reagiu com um grito, corri para acudi-la. Quando cheguei no local a puxei, pois, estava agarrada. Depois dei um copo de água, pois, ela estava chorando muito, mas apesar do susto nada grave ocorreu.
-Depois do acontecimento algo mudou?
R- Sim, depois do que ocorreu, eu e meu marido, conversamos com ela sobre o perigo que as redes elétricas tem e que não pode por os dedinhos nas tomadas e nem por as mãos em nenhum fio elétrico. Hoje ela já tem 7 anos e sabe que não pode mexer mais nas tomadas
-Como a senhora ficou quando isso aconteceu?
R- Fiquei muito preocupada, nervosa e com raiva de mim, pois poderia ter evitado isso.
Terceiro Depoimento:
O ventilador dela tinha dado problema e não queria rodar, então foi tentar consertá-lo, mas tinha conectado a tomada para ver se ele tinha voltado a rodar. Esqueceu de tirá-lo da tomada e começou a desmontar as peças quando tomou um choque que foi muito forte, ao ponto de o ventilador “voar” e ela acabou tendo um tombo.
– Você terminou o concerto mesmo depois do choque?
R- Sim
– Você acha que não deveria ter procurado a ajuda de um profissional para fazer esse concerto?
R- Não, por se tratar de um simples defeito.
– Depois disso ficou com receio de usar energia?
R- Não, usei sem medo, mas com precaução.
– O que você sentiu quando tomou o choque?
R- Fiquei com tremedeira no corpo.
– Você procurou algum atendimento médico?
R- Não, não achei que fosse preciso.
– Você ainda concerta equipamentos elétricos?
R- Não
– Já tomou outro (s) choque (s)?
R- Sim
– Quantos?
R- Dois
– Quais os cuidados que você tem hoje ao usar energia?
R- Usar a eletricidade com pés calçados, não utilizar a energia com alguma parte do corpo molhado.